Ribeiro, Darcy

Annelise da Silva Canavarro

Darcy Ribeiro (1922-1997) foi sociólogo brasileiro, com especialização em etnologia (Ribeiro Coelho, 1997, p. 84) e formado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1946. Talvez tenha sido o maior defensor da educação pública, laica e gratuita que o Brasil já viu. Segundo ele, fora diplomado por Brizola (Bomeny, 2001, p. 49) e pela mãe, professora de escola pública e mãe solteira. Sua maior obra é enquanto político daquele “moinho de gastar gente” que era o Brasil, e se refere à criação dos CIEPS ou Brizolões no oceano de escolas privadas do Estado do Rio de Janeiro. Os tais CIEPs eram escolas públicas, planejadas para ficarem abertas das 7h às 17h, que serviriam como braço direito às muitas mães solteiras responsáveis pelo “fazimento” (Chambers & Haley, 2016) daquelas crianças de quem apenas se esperava a “ninguendade” (Vasconcelos, 2015, p. 16). Sua frase mais célebre começa com a constatação de que até nos CIEPs havia falhado.1 

Se o velho Darcy buscou pôr em pratica um projeto revolucionário na educação básica, se baseava na experiencia de um jovem Darcy, iniciado na política educacional através da sua participação na construção da histórica Universidade de Brasília – que, enquanto modelo de universidade necessária, contaria com rádio, editora, museus, casas de cultura, centros educacionais e detalhes arquitetônicos a favor de uma educação superior humanista (Zarvos, 2015, pp. 24-25). Não é, portanto, mero detalhe que Darcy fora homenageado com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, também conhecida como “Lei Darcy Ribeiro” (Bomeny, 2001, p. 52), pouco antes de morrer. Fazedor de universidades por ofício, morre com uma Universidade (a Universidade Estadual do Norte Fluminense) e uma Fundação (a Fundação Darcy Ribeiro ou FUNDAR) em seu nome2. Morre também, por sinal, com sonhos de criar algo que se chamaria a “Universidade Televisiva do Brasil” (ibid., p. 142).

Nascido em uma família branca da classe média mineira, Darcy tece diversas observações sobre seu estrato social de origem quando descreve sua infância e adolescência em seus múltiplos escritos autobiográficos (Ribeiro, 2010; 1997; 1900). O autoproclamado “mais belo homem do Brasil” – referido como “imperador” por sua ex-esposa Berta Ribeiro, também ela antropóloga (Rama, Ribeiro & Ribeiro, 2015, p. 188) – não finge modéstia, publicando vários livros sobre si. Morre imortal, ocupando a cadeira de número 11 da Academia Brasileira de Letras (Ribeiro Coelho, 1997, p. 111).

Seu início de carreira é praticamente todo dedicado ao estudo dos indígenas brasileiros, em particular os Urubus-Kaapor, trabalhando para o Serviço de Proteção ao Índio, em um momento da história do país aonde nem Anísio Teixeira, pai da educação pública no Brasil e morto pela ditadura, levava os povos indígenas do Brasil a sério: “Encantei-me pelos índios e resolvi estudá-los” (Ribeiro, citado em Zarvos, 2015, p. 81) dizia Darcy em um discurso que soaria, aos ouvidos de hoje, típico de um extrativismo acadêmico promovido por indigenistas sudestinos. Se Darcy possivelmente deu origem a esta nova safra, continuava se posicionando ativamente em defesa dos povos indígenas no Brasil, mesmo que de uma posição denuncista e principalmente quando o mal que os acarretava provinha de instituições que deveriam os proteger.3 

Para Darcy, entender a gestão genocida dos indígenas no Brasil pedia um melhor entendimento da identidade brasileira – era necessário “passar o Brasil a limpo,” como vivia repetindo. Esta conclusão o leva a se tornar um obcecado pela Utopia Brasil (Bonemy, 2001, p. 218). Um obcecado sim, pois, o que dizer de um autor que, doente de um câncer, doença que já havia dado as caras em 1974, quando Darcy retorna ao Brasil em plena ditadura para retirada de um dos pulmões (Ribeiro Coelho, 1997, p. 100), foge da UTI para escrever a bíblia que é o seu O Povo Brasileiro (Heymann, 2012, p. 133)? O que dizer de um autor que acredita tanto no Brasil que traça uma linha no tempo, subjugando eventos mundiais aos acontecimentos da política nacional, dando a impressão a/o leitor/a que o Brasil, ao menos nestas 260 páginas, é o centro do mundo (Ribeiro, 1985)? O que dizer de um brasileiro, que mesmo viajando o Chile, o Peru e a Bolívia, continua falando espanhol mal e porcamente, mas que, independente da língua, assessora Allende em 1971 a convite do mesmo (Bomeny, 2001, p. 49), possivelmente por ter sido Chefe da Casa Civil do governo deposto de João Goulart? Por fim, o que dizer de um brasileiro que contribui para a criação de universidades em Argel e no Mexico (Heymann, 2012, p. 133), e que, nacionalista na prática internacionalista que só ele, chega a ponto de lamentar que, na guerra da Independência angolana, deveriam ter sido soldados brasileiros, não cubanos, a estarem lado a lado com nossos irmãos africanos (Zarvos 2015, pp. 137-138)?

Para alguns de seus biógrafos-amigos (Vasconcelos, 2015), o “inquestionável” marxista- nacionalista-brizolista Darcy foi o intelectual brasileiro que de mais perto alcançou a proeza de “ser confundido como do povo” (Bomeny, 2001, p. 259). Sobre ser marxista, o próprio Darcy fazia piadas. Com ganas de ser “revolucionário profissional” nos tempos de estudante, troca rapidamente o ativismo partidário pelas ciências (Zarvos, 2015, p. 81). A incerteza que paira no ar na resposta à pergunta “Quão marxista é o Darcy?” se torna, por sinal, cruz e espada à prova do tempo: Enquanto Anísio Teixeira declarava: “o Darcy Ribeiro é um ex-comunista; este é o tipo que eu gosto.” (Bomeny, 2001, p. 223), o nome de Darcy nem constava na primeira lista do presente dicionário cujo objetivo é listar os pesos pesados do marxismo latino-americano. Isto se deu, mesmo Darcy tendo sido o curador brasileiro para a Biblioteca Ayacucho organizada pelo amigo Angel Rama e autor de um clássico sobre a civilização latino-americana (Ribeiro, 1992), publicado pela primeira vez na Venezuela, que teria, juntamente com sua passagem no país em 1973, aparentemente inspirado Hugo Chavez (Vasconcelos, 2015, p. 249). Goste Vasconcelos ou não, é fato: Os Marxistas não chamam – e talvez nunca realmente – chamaram o Darcy de seu. Chamá-lo de Marxista inquestionável soa como um devaneio tão grande quanto o de chamar o Darcy de feminista4 ou de refletir sobre sua obra sob os parâmetros do paradigma contemporâneo do que é a luta antirracista.5

Contudo, são as implicações de suas lutas distintas, baseadas na análise concreta da realidade concreta, em um país com índices de ingresso universitário menores do que em toda a América hispânica (Ribeiro, citado em Zarvos, 2015, pp. 45-46), que o tornam – ainda que a posteriori – marxista. Ele se torna marxista, lutando por uma universidade outra que aquela aonde “filho de fazendeiro, de criador, de seringalista, ia a escola para se fazer doutor. A produção não era tarefa de doutores, não exigia saber técnico nem qualificação profissional” (ibid., 15, ênfase no original). Há ainda a análise concreta da conjuntura e as implicações desta em sua própria biografia. Tal qual outros marxistas brasileiros, do mesmo estrato social e político que Darcy, ele também se torna exilado político de 1962 a 1972, também sofre as dores de ser brasileiro no exilio6 e, também se vê confrontado com o desemprego e, no papel de “primeiro exilado importante a voltar para o Brasil” (Zarvos, 2015, p. 39), e com a impotência política temporária (Lobo, Vogas & Torres, 2008, p. 66). 

Lembro eu, a autora (nascida em 1988), brasileira nata e jovem doutoranda de um departamento de teorias feministas e estudos de gênero europeu na época, do seguinte causo: Fui a uma conferência internacional aonde o brasilianista estadunidense, do alto da sua branquitude e juventude já valia como alto conhecedor do Brasil por falar português sem sotaque. Aquele meu contemporâneo, o jovem professor de uma universidade privada nos EUA, daquelas preferidas da diáspora latino-americana, terminara sua palestra citando uma frase racista antiárabe do Darcy, expondo este brasileiro de Minas Gerais nascido em 1922, como exemplo de um espécime primitivo do século passado (“o racista latino-americano”) ao público internacional da sala. Pondo o Darcy no lugar de Zé da Silva histórico dele, desfazendo essa farsa de “grande intelectual latino-americano.” 

Podia eu ter, neste momento, recomendado ao brilhante brasilianista estadunidense que baixasse a Current Anthropology que trata do livro de Darcy O Processo Civilizatório (Lobo, Vogas & Torres, 2008, p. 56)? Ou relembrado o gringo que o Darcy foi o primeiro brasileiro a receber um Doutorado Honoris Causa da Sorbonne (Zarvos, 2015, p. 179)? Ou ainda, que talvez o ianque, proficiente em português mas infelizmente nada erudito, não soubesse que o Darcy fora o único brasileiro a ser chamado dentre onze autores estrangeiros a escrever um capítulo sobre a Suíça na ocasião do 700 aniversário da Confederação helvética (“La Suisse et la Suissité”)? (Ribeiro Coelho, 1997, p. 111)?

Deixei passar. Como se alguém precisasse dessa validação externa para chamar um Darcy de seu, apesar de toda sua vaidade, suas idiossincrasias, suas contradições e erros crassos e por sua coragem para enfrentar as classes dominantes do seu tempo - mesmo sendo membro destas. Quase ouvi a voz do Darcy no meu ouvido dizendo uma palavra da qual gostava tanto como escritor, tanto que aparece em quase todo livro no fim de alguma frase: 

“Bobagem, Annelise, bobagem.”

P.S. Agradeço às inspirações diárias dos comentários de Otavio Willms, Rafael Nunes, Elaine Santos e Danny Moraes que também entram no processo de concepção deste verbete. Agradeço principalmente à secretaria da biblioteca da cidade suíça de Escholzmatt-Marbach, Sra. Belinda Wobmann, por ter escaneado algumas das obras aqui citadas. 

Notas

1. “Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando e lutando, como um cruzado, pelas causas que me comovem. Elas são muitas, demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade, somei mais fracassos que vitorias em minhas lutas, mas isto não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas…” (Bomeny, 2001, p. 220).

2. Quando me sugeriram criar uma Fundação com meu nome, a ideia me deu medo de estar fazendo nascer mais uma instituição vetusta: Fundação Getúlio Vargas, Fundação Roberto Marinho. A minha seria uma pobre fundaçãozinha Zé da Silva, sem poder e sem dinheiro para crescer e florescer. Qual seria o seu propósito? Louvar-me, dizendo que eu fui bonito e inteligente? Gosto muito de elogios, mas não tanto que me disponha a criar uma máquina de elogiar (…). Acabei caindo em mim de que precisava mesmo criar a tal Fundação Darcy Ribeiro – Fundar. Tenho mesmo que transferir a alguém ou a alguma instituição tarefas que, bem ou mal, eu venho cumprindo a vida inteira e que, sem mim aí para cuidar delas, ficariam aos azares do acaso.” (Ribeiro, citado em Heymann, 2005, pp. 50-51).

3. “(…) quando eu trabalhava no SPI - e trabalhei dez anos lá, dos quantos cinco em aldeias indígenas – éramos apenas quatro antropólogos. No Museu do Índio, no Rio de Janeiro, que pertente ao SPI foi então organizado o primeiro curto de pós-graduação em Antropologia do Brasil. Nos, a certa altura, tivemos nove estudantes fazendo mestrado, todos vivamente interessados no problema indígena, na sua salvação e amparo. Hoje em dia, não há um só antropólogo no SPI, e há muito poucos indigenistas no interior. Os velhos quadros do tempo de Rondon estão aposentados e não foram substituídos. A folha de pagamento do SPI é o dobro nas cidades do Rio de Janeiro e de Brasília (...) do que no interior. (…) sob a ditadura militar, esse serviço teve seu nome mudado, foi reestruturado como uma fundação – a Fundação Nacional do Índio – eles desejam que seja operada de forma economicamente mais eficaz. E de se perguntar: eficaz para quem? Para os indígenas? Ou para os funcionários (diretores e muitos que só pertencem ao Serviço porque seus nomes constam da folha de pagamento…)?” (Ribeiro em Zarvos, 2015, p. 72).

4. “Sou um homem muito amoroso e muito grato as mulheres que me deram amor. E são muitas. Eu me casei de papel passado duas vezes, com a Berta, antropóloga, e Claudia Zarvos, designer. Mas passei mais tempo descasado do que casado. E, mesmo quando casado, sustentava meu casamento com namoradas muito afetuosas. E muito bom para o casamento. Ele fica mais sólido quando você chega em casa contente, emocional e sexualmente.” (Ribeiro, em Zarvos, 2015, pp. 212-213.). E útil lembrar também que no seu – tirando isso - excelente “O dilema da América Latina,” Ribeiro (1978b) interpreta a legalização do aborto na América Latina como possível faceta de uma política de contenção das revoluções latino-americanas. Vasconcelos talvez chegaria a defender o amigo, até da critica feminista, argumentando que havia certa coragem no fato de Darcy – um homem brasileiro, criado sob a masculinidade hegemônica de seu tempo - escrever um livro (o romance O Mulo) onde assume ser estéril (Ribeiro, 1981, p. 52). Segundo uma citação de Ribeiro no livro de Bomeny (2001, p. 66) sua esterilidade teria sido, todavia, em decorrência de uma vasectomia. 

5. O presente artigo não tem esta pretensão, mas se limita a constatar que há sim a necessidade de se revisitar a obra ribeiriana através do prisma da luta antirracista brasileira. Nunca saberemos se o Darcy teria assinado a petição contra a implementação das cotas raciais nas universidades brasileiras, tal como outros antropólogos ou amigos de sua geração (por exemplo, Ferreira Gullar) fizeram – ele já havia morrido neste momento. Podemos nos atrever ao menos a ler indícios na história: Darcy intitula um dos seus últimos livros como “Mestiço é que é bom” e prefacia a obra Casa Grande e Senzala – da qual não esconde gostar muito - de Gilberto Freyre para a versão publicada por Angel Rama. Ao mesmo tempo, Darcy permanece ferrenho defensor de povos indígenas, escrevendo e traduzindo clássicos sobre a etnologia brasileira e o conhecimento sobre as línguas e culturas dos povos indígenas na América do Sul. Na sua política educacional, quer ver os meninos pretos, pardos e pobres na escola. Sua última coluna no jornal Folha de São Paulo é sobre meninos de rua, em sua maioria negros, e o consumo de entorpecentes. Ainda na análise de sua obra, percebe-se que Darcy valoriza a cultura negra e indígena que predestinam quem é e o que faz parte desta figura de pensamento que é o “povo brasileiro”. O que chama de matrizes indígenas e negras da população brasileira, seria também fator fundamental do seu ideal de socialismo moreno. Em seu “O Dilema da América Latina,” Darcy verbaliza inúmeras vezes o quão racista é a sociedade brasileira e o quão branca e classe média a esquerda brasileira também é (Ribeiro, 1978, p. 243) – observações que fariam muito sentido para aquelas e aqueles que se veem no front da luta antirracista de hoje. 

6. “Exilio é duro, especialmente para o brasileiro. (…) Talvez porque não sejamos muito cosmopolitas. O brasileiro está mais dentro de si mesmo, talvez porque sejamos um país continente, com tantas variedades, entende? A maioria dos exilados na América Latina são hispano-americanos. Vão de um país para outro em que a língua tem uma diferença menor, onde os hábitos são parecidos. (…) Para alguns se torna mais fácil, para mim foi mais leve: Por duas razões: a primeira é que, como professor, pude trabalhar logo. (…) E em segundo lugar, porque sou obsessivo. Sempre fui o homem do trabalho, sempre trabalhei de 12 a 14 horas. (…) Ali no exilio o que eu poderia fazer com a presença enorme do Brasil dentro de mim? A solução era repensar o Brasil, era tentar entender nossa própria experiencia. (…) Escrevi mais de duas mil páginas. Neste momento tenho seis livros sendo publicados. São tantos os meus livros que eu acho que só exilado vai ter tempo pra ler, não é?” (ibid., p. 40) 

Referências

Bomeny, H. (2001). Darcy Ribeiro: Sociologia de um Indisciplinado. Editora UFMG. 

Chambers, D. & Haley, K. (Eds.). (2016). Wherever You Find People: The Radical Schools of Oscar Niemeyer, Darcy Ribeiro and Leonel Brizola. Park Books. 

Heymann, L. Q. (2012). O lugar do arquivo. A construção do legado de Darcy Ribeiro. Editora Contra-Capa. 

Heymann, L. Q. (2005). Os fazimentos do arquivo Darcy Ribeiro: memória, acervo e legado. Estudos Históricos, 36, 43-58. 

Lima Lobo, E., Vogas, C. & Camargo Torres, A. (2008). Darcy Ribeiro: o brasileiro. Editora Quartet. 

Rama, A., Ribeiro, B. & Ribeiro D. (Eds.) (2015). Diálogos latino-americanos: correspondência entre Angel Rama, Berta e Darcy Ribeiro. Editora Global.

Ribeiro, D. (2010). Lembrando de mim. Darcy no Bolso v. 3. Editora UnB.

Ribeiro, D. (2000). The Brazilian People. The Formation and Meaning of Brazil. University Press of Florida. 

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Ribeiro, D. (1997). Confissões. Companhia das Letras.

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Ribeiro, D. (1981). O Mulo. Editora Record. 

Ribeiro, D. (1979). Unterentwicklung, Kultur und Zivilisation. Ungewöhnliche Versuche. Suhrkamp.

Ribeiro, D. (1978a). Os brasileiros: Teoria do Brasil. Editora Vozes.

Ribeiro, D. (1978b). O Dilema da América Latina: estruturas de poder e forcas insurgentes. Editora Vozes.

Ribeiro, D. (1977). Os Índios e a Civilização. A Integração das populações indígenas no Brasil moderno. Editora Vozes. 

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Ribeiro Coelho, H. (1997). Darcy Ribeiro. Encontro com escritores mineiros. Editora UFMG.

Vasconcelos, G.F. (2015). Darcy Ribeiro. A Razão Iracunda. Editora UFSC. 

Zarvos, G. (2007). Darcy Ribeiro. Azougue editorial.